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Posso treinar em Jejum?

Nutricionista aconselha hidratação mesmo para treinos em jejum.

A moda de treinar em jejum veio para ficar? O jejum é uma prática milenar associada a diversas tradições culturais e religiosas e tem ganho popularidade no contexto do exercício físico e na procura por um estilo de vida mais saudável. No entanto, é fundamental abordar essa prática com cautela, considerando os diversos fatores que interferem na escolha dessa estratégia. Neste artigo, vamos esclarecer as nuances dessa prática, considerando as diferentes necessidades físicas, perfis de dietas, benefícios, riscos e se essa estratégia pode ser eficiente para si ou não.

Como funciona o jejum?

Quando se treina em jejum, o corpo recorre ao glicogênio, localizado nos músculos e no fígado, para obter energia inicialmente. Conforme essas reservas diminuem, o corpo tem a capacidade de utilizar fontes energéticas extraídas da gordura. Essa flexibilidade metabólica é o que garante ao corpo alternar eficientemente entre diferentes substratos de energia, como carboidratos e gorduras, com base nas demandas energéticas. Isso é comum em treinos de baixa a moderada intensidade.

Entretanto, para treinos mais intensos, o corpo pode precisar de carboidratos adicionais para sustentar o desempenho. A escolha de treinar em jejum depende também da avaliação do perfil da sua dieta e do tempo que pratica exercício físico. Alguns atletas e praticantes regulares de exercícios relatam se adaptar bem ao treino em jejum, enquanto outros podem não sentir o mesmo benefício.

Quem pode treinar em jejum?

A diferença entre treinar em jejum para uma pessoa ativa fisicamente e um iniciante pode ser significativa. Pessoas bem treinadas podem ter uma melhor capacidade de utilizar as reservas de gordura para energia, enquanto iniciantes podem não ter desenvolvido essa adaptação metabólica e sentir-se mal durante o exercício. Treinar em jejum não é isento de riscos, como baixo rendimento, hipoglicemia e outros efeitos adversos que podem ocorrer.

Jejum para diferentes objetivos?

Considerando o objetivo de emagrecimento, o jejum intermitente, mesmo que não associado ao treino em jejum, reduz a janela de alimentação e pode facilitar a restrição calórica. Contudo, na janela de alimentação, deve manter refeições adequadas em níveis calóricos, nutrientes, água e fibras.

Para ganho de massa muscular, pode ser mais desafiador e não deve ser feito de forma recorrente, pois a síntese de proteínas pode ser reduzida em estado de jejum. Treinar após refeições pode ser mais favorável para quem visa o ganho muscular.

É possível treinar pela manhã em jejum, especialmente se você não sentir fome nesse período, e faz treinos de leve à moderado.  Muitas pessoas optam por treinar em jejum matinal, e isso pode ser uma escolha pessoal, desde que se sintam bem durante o treino. Se você escolher treinar sem comer pela manhã ou apenas ingerir uma bebida baixa em calorias como chás, shots e café, é essencial garantir que tenha feito uma boa refeição na noite anterior para fornecer nutrientes e energia suficientes.

Lembre-se de sempre se manter hidratado(a); a água é crucial para o desempenho físico, assim como o sucesso da sua estratégia requer o cuidado com a refeição de quebra de jejum. Deve ser equilibrada com proteínas, gorduras boas e vegetais para ajudar na recuperação e manutenção da saúde.

É seguro treinar em jejum?

Para a maioria das pessoas saudáveis, o treino em jejum é geralmente seguro quando feito corretamente. Pode melhorar a sensibilidade à insulina, favorecer a queima de gordura e a detoxificação do organismo. No entanto, pessoas com condições médicas preexistentes, como diabetes, distúrbios alimentares ou problemas cardíacos, devem consultar um profissional de saúde antes de iniciar essa prática.

Não esqueça de ouvir o seu corpo. Cada pessoa é única, e a resposta ao treino em jejum pode variar. Caso se sinta bem a nível físico e emocional, se estiver a alcançar os seus objetivos, então esta abordagem pode ser adequada a si.

Em última análise, a decisão de praticar exercício em jejum deve ser uma escolha informada, levando em consideração variáveis pessoais e fisiológicas. Não há uma abordagem única que sirva para todos, enfatizando a importância do acompanhamento profissional, já que a escolha entre dietas como cetogênica, low-carb, ou outras, influencia a capacidade do corpo de utilizar gordura como fonte primária de energia durante o exercício em jejum e o programa de treino adequado para garantir uma estratégia eficaz e segura.

Caso mantenha dúvidas, também poderá entrar em contacto connosco. Temos os melhores profissionais para ajudar.

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